A Síndrome alimentar noturna ou fome noturna, é um transtorno alimentar que se caracteriza pela necessidade de uma maior ingestão de carboidratos à noite.
A síndrome alimentar noturna ou fome noturna, é um transtorno do comportamento alimentar, que se caracteriza pela ingestão inadequada de alimentos à noite. Entretanto, ela se caracteriza mais especificamente pela necessidade incontrolável de comer na hora de dormir ou acordar de madrugada para comer, especialmente os carboidratos.
Porque diante de situações de estresse, tensão, ansiedade, depressão e insônia, o cérebro precisa de mais serotonina, ou seja, ele precisa de alimentos que estimulem a produção de serotonina.
A chegada da noite aumenta a produção da melatonina e reduz a produção do cortisol, assim como o aumento da serotonina reduz a produção de adrenalina. Consequentemente, ocorre uma redução da ansiedade, tensão muscular, temperatura corporal e do fluxo de pensamentos, criando um ambiente propício para um sono profundo e reparador.
Esse tipo de transtorno ocorre com maior frequência em pessoas com dificuldade para iniciar o sono, também conhecida como insônia inicial, ou em pessoas que acordam de madrugada e não conseguem voltar a dormir, mais conhecida como insônia tardia.
A insônia inicial é mais comum nos que sofrem de ansiedade, enquanto a insônia tardia, é mais comum na depressão. A Síndrome alimentar noturna está intimamente relacionada ao estresse.
Logo após comer, essas pessoas sentem uma intensa sensação de prazer e conseguem dormir rapidamente. É mais o desejo de comer à noite e não a quantidade de alimento ingerido, que define esse transtorno alimentar.
Além disso, esses nutrientes reduzem a produção de leptina noturna e ativa o sistema gaba, contribuindo também para uma boa noite de sono. Por outro lado, dormir bem auxilia na redução do apetite.
A leptina, é o hormônio da saciedade. Enquanto você come, o intestino envia a leptina ao hipotálamo, com uma mensagem: Estou satisfeito, reduza a produção de grelina e desative o centro da fome.
A melatonina funciona melhor nos casos de insônia inicial, ou seja, na dificuldade para dormir. Mas, não é tão eficaz na insônia tardia, quando você dorme o primeiro sono, acorda de madrugada e não dorme mais.
Os alimentos consumidos no jantar podem interferir positivamente ou negativamente na qualidade do seu sono. Alimentos ricos em proteína de difícil digestão, como as carnes vermelhas, e alimentos gordurosos de origem animal prejudicam a qualidade do sono. Uma massa cozida acompanhada de um molho vermelho com manjericão ou um molho vermelho com peixe e camarão, estimulam a formação da serotonina e melhora a qualidade do sono.
Os chás que reduzem a ansiedade são muito bem vindos e podem ser usados no período da noite, porque combatem a insônia e melhoram a qualidade do sono, como por exemplo: camomila, melissa, jasmim, maçã e maracujá.
Artigo escrito por: Dr. Frederico Pretti e Dra. Karine Queiroz (Psicóloga)